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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O interrogatório mais difícil até aqui.


Fim de semana chegando.
A semana passou voando, quase não parei.

Estou passando intacto pelo sobreaviso.
Ainda não fui acionado.

Talvez ele tenha me reservado algo para o fim de semana, quem sabe.
Pior de tudo é que acabo ficando empenhado, pois tenho de ficar na cidade.

Não poderei ir pra casa nesse fim de semana.
Hoje pela manhã fiquei às voltas para registrar ocorrência informando os objetos apreendidos ontem.

Depois etiquetar e entregar na Secretaria.
Isso deve ser feito sempre o quanto antes, pois nos exime de responsabilidade.

Enquanto estivermos com algo, somos responsáveis.
Depois de tudo lançado, etiquetado e entregue, uma preocupação a menos.

Acabei ficando um pouco no Plantão, substituindo colegas que foram conduzir um preso até o presídio.
No turno da tarde, participei do interrogatório mais difícil, demorado e detalhado desde que entrei em exercício.

Teve duração de mais ou menos três horas.
Ainda relacionado com os eventos investigados nessa semana.

Não fiz isso sozinho, claro, mas participei ativamente.
Havia muitos fatos a serem questionados, muitos detalhes.

Todos os tópicos foram respondidos, se a contento ou não, aí é outra história.
Algumas coisas evidenciaram, a meu modo de ver, um claro nervosismo.
O suor escorrendo do rosto do interrogado.
O cruzar de pernas incessante.
Os objetos da mesa que eram constantemente remexidos.
A oscilação da voz.
Enfim, vários elementos.
Mas nervosismo nem sempre que dizer que se está mentindo.
O ambiente policial, a situação toda, causa esse tipo de reação.
Pelo menos ele manteve a calma, pois achei que teríamos algum problema com isso.
Prevejo um grande caso, com muito a ser investigado ainda.

Depois disso, um passeio com o interrogado, para que ele nos mostrasse alguns lugares que havia mencionado.
Lugares identificados e fotografados.

Agora é por nossa conta.

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