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terça-feira, 5 de março de 2013

Mudanças

Mudanças.

Estruturais, organizacionais, físicas, pessoais.
Mas, em princípio, para melhorar e agilizar o trabalho.

Mudanças quase sempre são complicadas, mas quase sempre necessárias.
Mais pessoas trabalharão onde havia maior demanda.

Trabalhei o dia todo em função dessas mudanças, tentando me organizar.
Realizei uma oitiva apenas.

Ontem, foi um pouco mais corrido.
Pela manhã um levantamento em local de furto arrombamento.

À tarde, duas oitivas e três reconhecimentos por fotografia.
Semana passada realizamos um reconhecimentos diretos.

Como e difícil encontrar pessoas dispostas a colaborar e atuar como coadjuvantes.
Para quem não sabe, colocamos o suspeito mais quatro pessoas, preferencialmente com as mesmas características.

Claro que nem sempre isso é possível.
Cada um deles segura uma placa, um papel, com um número, de um a cinco.

O reconhecedor entra na sala, analisa e indica o número do possível reconhecido.
Há, ainda, a necessidade de suas testemunhas, acompanhando todo o procedimento.

Se houver mais de uma vítima, elas não podem manter contato depois de se submeterem ao procedimento.
Havendo contato, devem ser mudados os lugares dos participantes.

Para conseguir os coadjuvantes, vamos até o Plantão e verificamos a disponibilidade das pessoas que ali estão.
Não havendo pessoas ali, vamos para a frente da Delegacia e abordamos as pessoas que passam por ali, explicamos e pedimos auxílio.

Nem sempre somos atendidos, pelas mais diversas desculpas.
Há a possibilidade de se requisitar alguém, mas acredito que isso deve ser feito em casos extremos, onde há a real necessidade de pronto atendimento.

No caso, saímos e pedimos ajuda para alguns “chapas” (homens que trabalham descarregando cargas).
A exigência? “Sai um Coca pelo menos?”

Negar um refrigerante para alguém que irá ajudar, não é conveniente, ainda mais presumindo-se que ninguém vá de boa vontade.
Fazemos uma “vaquinha” e pagamos um refrigerante para eles depois.

Isso também faz parte.

10 comentários:

  1. Porra man, eu viajo nas suas atividades, até os dias que vc não faz nada axo mais interessante do que qualquer outra profissão.Cada vez mais certo do que eu quero pra mim.

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  2. Como é o trato ai com delegado?Eu odeio receber ordens,na verdade não é receber ordem e sim receber ordem de quem não sabe dar ordem, se é que me entende.
    Conversando com colegas policiais um que tá na PF disse que recebe bronca e grito pra caralho, ele disse que é uma merda.
    Já meu professor de jiu jitsu,que é policial civil,disse que é super de boa pq diferente da PM não tem militarismo então o delegado tem que saber falar pra pedir algo.
    Se mandarem ele fazer algo, a depederem de como peçam, ele disse que não vai mesmo.
    Como ele mesmo diz: se quiser pode descontar do meu salário é pouco mesmo.hehehe
    O cara é uma figura!

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    1. É foda mesmo... esses playboyzinhos saem da faculdade de direito paga pelos pais e ai a primeira merda que vao fazer é concurso pra virar doutor... nao sabe de porra nenhuma da vida e viram autoridade.. é foda... em vez de procurar um estágio.. pra começar de baixo, como qualquer um ou mesmo fazer o concurso pra agente primeiro pra conhecer a organização... mas a maioria é esperta.. nunca vi um delegado novato se achar o sabichao, dono da verdade com seus subordinados.. a maioria sabe que os agentes cascudos tem muito o que ensinar pra eles...

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  3. Já resolvi um duplo homicídio pagando do meu bolso um cachorro-quente pra um senhor morador de rua... ha ha

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    1. Conta mais, Carlão!

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    2. Esse senhor foi a única testemunha do fato, ele deu informações que nos ajudaram a elucidar a autoria do crime. o único detalhe diferente mesmo foi o cachorro-quente.. ha ha

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    3. E viva o cachorro quente! hahahaha

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    4. Esse tipo de coisa realmente faz parte e é muito comum... eheheh

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  4. Ola Luiz,

    Gostaria que voce, se possível, tirasse algumas dúvidas e desse alguma dicas sobre o Curso de Formação.

    Passei para perito criminal e minha esposa para escrivão no concurso da PC do Maranhao. Estamos nos finalmentes, faltando ainda sair a data do Curso de formaçao.

    - Como o pessoal fez com relação a moradia durante o curso? Se juntaram varios e alugaram uma casa? Tiveram ajuda de alguem pra pesquisar um local, ou foram alguns dias antes resolver isso? Ficaram em um bairro mais próximo?

    - La dentro do Curso, como foi? Alguma dica? Passou por alguma dificuldade?

    - No seu caso, a escolha da lotação usou a classificação do concurso ou do curso de formação?

    Se tiver qualquer outra dica pra passar será bem vinda.

    Obrigado

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  5. Moradia: Eu dividi um apartamento com um amigo. ALguns ficaram em pensões e outros alugaram casas ou apartamentos entre várias pessoas. Pesquisamos pela internet, nos sites imobiliários. pra nmim foi complicado, pois fiquei sabendo que seria chamado muito em cima, pois era um excedente. Alguns deixaram reservado muito antes da academia. Meu colega e eu ficamos um pouco distante, mas íamos de trem todos os dias.
    Curso: experiência muito boa e gratificante, escrevi sobre ele em posts anteriores. A maior dificuldade, certamente, é a saudade de casa.
    Lotação: exclusivamente pela nota da Academia. a Academia zera todas as notas anteriores, todo mundo começa em par de igualdade.
    Resumidamente é isso.
    Abraço amigo!

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