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terça-feira, 16 de abril de 2013

Um susto e um caso delicado


Tomei um grande susto hoje.
Fui procurar uma apreensão que eu havia deixado guardada em um armário, para devolvê-la, e não a encontrei.

Olhei o armário duas vezes e nada.
Perguntei para os colegas e ninguém sabia de nada.

A apreensão era bem pequena, aproximadamente do tamanho de um chip de celular, e estava dentro de um saco plástico, devidamente identificada com o número da ocorrência.
Resumindo, não estava no lugar e podia caber em qualquer outro lugar.

Isso dava uma margem bem grande de lugares pra procurar.
Difícil descrever o que passou pela cabeça.

O probatório, punições, incômodos, etc.
Falei com o chefe da investigação e ele mandou eu procurar de novo onde havia guardado.

Voltei no armário e tirei tudo o que tinha lá dentro.
Olhei dentro de cada coisa que estava lá.

De repente, não entendo até agora como, achei o saco plástico com a apreensão.
Um misto de alívio e euforia tomou conta.

Eu havia olhado duas vezes e não havia encontrado, mas lá estava, num canto, o saco plástico embolado.
Tomarei mais cuidado com apreensões pequenas.

Apesar de ser cuidadoso, uma série de mudanças (de sala, de móveis) contribuiu para isso.
Passado o susto, o dia seguiu tranqüilo, até que fui solicitado pelo Plantão.

Tarefa: buscar uma menina e a mãe dela em casa e levá-las ao PML.
O fato: possível abuso.

Convidei uma colega que tem filha e já foi professora.
Imaginei que, dessa forma, ela teria mais sensibilidade para lidar com a situação.

Mais do que o normal, claro, já que a maioria das mulheres, senão todas, se saem melhor do que nós, homens, em situações como essas.
Fomos até a casa e nos deparamos com um lugar muito modesto, para dizer o mínimo.

A casa de madeira era um pouco maior do que um banheiro de uma casa de tamanho médio.
Falamos com a mãe da menina e explicamos que deveríamos levá-las.

Ela concordou de pronto.
Quando chegamos ao PML fomos informados de que o médico plantonista não estava e só poderia atender mais tarde.

Avisamos o Plantão, para saber exatamente o que fazer, e foi determinado que levássemos as duas de volta para casa.
Por ver o estado em que estava a menina, não me dirigi a ela nenhuma vez, embora a puxasse assunto.

Mas foi inevitável perceber como ela estava com medo.
Parecia acuada, agarrada às pernas da mãe e pedindo colo a todo o momento.

É uma situação tocante, na qual não há muito de nossa parte a ser feito, a não ser o nosso trabalho e, claro, o maior cuidado possível no trato das pessoas em casos assim.
 

3 comentários:

  1. Luiz, bom dia.

    Ontem, infelizmente, dois policiais civis morreram durante um mandado de prisão aqui no interior do ES. Passo para você o link da reportagem, mais com intuito de informá-lo. Abraços companheiro.

    http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/04/noticias/cidades/gazeta_online_norte/1430156-dois-policiais-civis-sao-mortos-a-tiros-ao-tentar-prender-bandido.html

    Alex

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  2. Após um longo periodo sem postagens,mas sempre acompanhando as publicaçoes, voltei!!! E voltei feliz, pois ja estou na 1 semana de aula na acadepol!!! Mto feliz por estar lá!! Batalhei mto!! Era um zero a esquerda em informatica e tive que botar o portugues em dia!!! Depois disso, a luta foi no taf que cobrava 30 flexoes de triceps e eu só conseguia 4!!!!! Agora estou perto de entrar!! O ritmo está bem puxado, mas acho essa pressao e esse ritmo necessarios para começarmos a aprender!!! Até pq sao mais de mil alunos né?!?! Ainda lembro de qndo falei pro meu avô que tbm era civil, que tbm queria ser!! Mta felicidadeeeee!!! Vamos nessa e um abraço luiz

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