Ontem escrevi sobre o dinamismo da Polícia e hoje já tive
mais um exemplo disso.
Logo cedo, fui até o meu superior e confirmei a informação
de que não estaria no plantão na quinta-feira.
Alguns minutos depois, fui chamado e informado que haviam
ocorrido mudanças.
Eu estava no plantão novamente, mas na sexta-feira.
Concordei, com certo desânimo, pois já havia aceitado a idéia
de que não estaria mais.
Além disso, eu deveria me deslocar imediatamente ao plantão
para aprender a mexer com o sistema OCR e outros detalhes relativos a cada
registro de ocorrência.
Não sou do tipo que fica de cara quando há mudanças
repentinas assim.
Posso não gostar, mas não demonstro, não deixo que isso
afete o meu trabalho.
As pessoas que serão atendidas por mim durante o plantão não
merecem um servidor de má vontade.
E má vontade não seria nem justificativa.
Quando se presta um concurso e se ingressa em uma
Instituição, deve-se ter em mente que deveremos estar prontos para sermos
utilizados em qualquer setor.
Há colegas que não estão nas delegacias ou cidades que
querem, mas fazem um excelente trabalho.
E esse excelente trabalho acaba prendendo-os ainda mais aos
lugares em que estão.
Agora, pergunte a eles se eles se sujeitariam a serem maus servidores
para conseguirem uma remoção. Claro que não!
Ao passo que um mau servidor acaba prejudicando o lugar em
que está até ir para onde quer.
Certamente, prefiro ser lembrado entre aqueles que dão o
máximo onde quer que sejam lotados.
Mas, voltando ao assunto, fiquei o dia todo no plantão. Achei
interessante.
É um trabalho parecido com o que eu fazia, quando era estagiário
na Defensoria Pública.
Ouvir as pessoas, filtrar o que é realmente necessário, ver
se isso se enquadra no ordenamento jurídico e colocar no papel.
E não basta apenas saber como ou o que fazer, deve-se saber
também explicar em uma linguagem que as pessoas entendam. Certamente, essa é a
parte mais difícil.
Já tive colegas que sabiam muito e que, na hora de explicar
para pessoas extremamente humildes e leigas em direito, agiam como se falassem
com um advogado, deixando as pessoas completamente perdidas.
Para quem não entende, passa a sensação do velho “ta me
enrolando”.
Mas, voltando ao assunto, registrei cinco ocorrências, todas
relativas a crimes leves.
A colega que ficará no plantão comigo na sexta-feira também
é da última turma e, portanto, também ficou lá pra pegar o jeito.
Fomos muito bem auxiliados por dois policiais mais
experientes que, a todo o momento, perguntavam se precisávamos de algo.
Mesmo com tudo isso, o registrou principal, fica a cerca das
repentinas mudanças que ocorrem.
Nada é 100% certo, enquanto houver possibilidade de mudança.
Nada é definitivo, até que ocorra.
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