Fiquei muito feliz ao ler os comentários do texto anterior.
Confesso que perceber apenas visualizações e quase nenhum
comentário me deixava desanimado.
Percebo que muitas pessoas têm acessado de forma assídua e
isso me motivou a escrever mais e melhor.
Quanto às dúvidas suscitadas por alguns, tentarei ajudá-los
da melhor maneira.
Peço que continuem comentando, assim posso saber como estão
indo as coisas, no que posso melhorar, com o fim de aprimorar o blog.
Quanto ao dia de trabalho, normal.
Pouco serviço pela manhã.
Saímos realizar intimações de vítimas de roubos.
Dependendo da disponibilidade, a trazemos na mesma hora,
ouvimos, tentamos realizar o reconhecimento, e levamos de volta para casa.
Caso não haja disponibilidade imediata, marca-se para o
turno da tarde, como foi o caso de hoje, ou para outro dia.
Dessa forma, realizamos duas intimações pela manhã.
Depois disso, fomos abastecer a viatura.
Para quem desconhece o procedimento, cada policial possui um
cartão, com senha pessoal, para abastecimento.
Há uma série de dados a serem fornecidos na hora do
abastecimento, para que a destinação do uso seja devidamente comprovada
posteriormente.
Qualquer incoerência entre os dados, e o responsável terá de
dar explicações em procedimento próprio.
Requer muita atenção e responsabilidade.
Há valores fixos para as viaturas e, em caso de uma demanda
maior, solicita-se, para as Delegacias Regionais, um complemento.
Até onde sei, esse complemento não vem de um dinheiro “extra”,
e, sim, é retirado de outra viatura da mesma Delegacia.
À tarde, ficamos envolvidos com as oitivas das pessoas
intimadas pela manhã.
Geralmente, após a reinquirição da vítima, tentamos um
reconhecimento fotográfico, principalmente quando há algum dado relevante que
possa auxiliar nessa identificação.
Alguns atos de reconhecimento são rápidos e positivos, como
foi na primeira oitiva.
Outros, são extremamente demorados e infrutíferos, como foi
o segundo caso.
Há um sistema muito interessante, que facilita o trabalho.
Há um álbum digital, com fotos de várias pessoas que já
passaram pela Delegacia como autores.
Nas fotos, constam data de nascimento, RG, nome completo e
apelido.
O primeiro dado colocado no nome da foto é o ano de
nascimento.
Assim, quando a vítima refere, por exemplo, que o indivíduo
tinha aproximadamente 30 anos, vamos para as fotos que iniciam com o ano 1982 e
mostramos todos os indivíduos daquela faixa etária.
Se não começassem pela data de nascimento, teríamos muitas
fotos, todas misturadas, de forma que a vítima teria que olhar cada uma, com
possibilidade de não encontrar o autor do fato.
Além das fotografias de rosto (frente e perfil), tiramos
fotos das tatuagens e cicatrizes, pois isso pode ser mencionado em alguma
descrição.
Como referi anteriormente, passei algum tempo mostrando
fotos para uma das vítimas, mas ela não reconheceu. Faz parte.
Não fosse isso, que é extremamente cansativo, havia a sonora
continuidade de batidas de um preso visivelmente alterado na cela.
O que fazer? Pedir que pare ou esperar que canse.
Resumindo, o dia foi isso.
O texto de amanhã, estará bem mais interessante, acreditem.
Amanhã trago boas novas!
Parabéns pelo blog, ele tem sido uma injeção de ânimo para mim que estou prestes a prestar o concurso da polícia civil ..já li todos os seus posts e achei todos muito interessantes ..por favor continue escrevendo.
ResponderExcluirAndré Neruda. (facebook)
Obrigado André.
ExcluirJá está aceito no Facebook.
Boa sorte no concurso.
Abraço!