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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A culpa é de quem?


Hoje, logo cedo, deparei-me com a seguinte notícia:

“Homem é morto ao tentar assaltar policial civil em Getúlio Vargas”.

(http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/policia/noticia/2013/02/homem-e-morto-ao-tentar-assaltar-policial-civil-em-getulio-vargas-4049260.html)

Logo pensei no colegas de Acadepol, mas não lembrava se algum havia ficado lotado em Getúlio Vargas.

De qualquer forma, mesmo que fosse um desconhecido, pensei em como está ficando freqüente esse tipo de notícia.

As vezes com boas, as vezes com más notícias.

Mas mesmo que a notícia seja a de que um criminoso foi morto, nunca é bom ler esse tipo de acontecimento.

Agora, durante a noite, fico sabendo que um dos policiais foi meu colega de turma de Acadepol.

Felizmente, ele e o outro colega estão bem.

Preocupa-me o fato de a criminalidade estar crescente também em São Borja.

Nesse início de ano, velhos delitos, até então escassos, estão voltando com força.

Roubos e furtos de veículos, roubos a pedestres e estabelecimentos comerciais, tráfico, furtos a residência, etc.

Em contraponto ao aumento de delitos, o número de presos em regime fechado nunca foi tão baixo.

Antes, com lotação sempre acima de 200 detentos.

Atualmente, esse número é pouco maior que100.

Talvez isso explique os acontecimentos narrados acima.

É sabido que alguns indivíduos simplesmente vivem o crime.

Nada, absolutamente nada, fará com que deixem o crime enquanto viverem.

O que geralmente acontece, em caso de uma repressão maior, é uma migração de um delito para outro.

Hoje, uma das audiências relativas à maior operação da Polícia Civil no Estado, e que aconteceu aqui em São Borja, foi adiada para 2014.

Sim, 2014.

A operação ocorreu em março do ano passado, envolveu mais de 600 policiais, prendeu quase 100 pessoas e resultou em inquéritos gigantescos. (Um pouco mais sobre a operação aqui: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/policia/noticia/2012/03/trafico-em-sao-borja-era-comandado-por-familias-3711657.html)

Aí, uma operação que durou dois anos e extirpou grande parte dos traficantes da cidade, mostra-se ineficaz, já que, até onde sei, todos os denunciados estão respondendo em liberdade.

Um café para quem acertar o que eles estão fazendo atualmente...

Todo trabalho policial, até o momento, foi em vão.

Em liberdade, tais indivíduos voltarão a traficar e os outros delitos continuarão a aumentar.

De quem é a culpa? Não sei.

Mas sei de quem não é: da sociedade!

8 comentários:

  1. Dá até medo de seguir adiante no concurso.

    Abrção
    Fábio D.

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    1. Fábio, fique tranquilo! Para isso o governo lhe dará uma pistola .40 (e agora o EB permite que portemos .45). Risco sempre haverá, mas não é como no cinema. rsrs Ser policial não significa necessariamente que será caçado (porém, pode acontecer). Mas é preciso estar atento, sempre (SEMPRE!) armado e preparado para usar a arma sem pensar duas vezes!

      Abraço.

      Papa Charlie

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  2. É revoltante você prender, fazer o seu papel e o Judiciário soltar ... Com certeza é uma sensação de frustração muito grande!

    Um tempo atrás vi um video de um delegado que disse que não ia mais prender ninguém porque não aguentava mais prender e o Judiciário soltar ... Pra vermos como isso tá demais!

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  3. Isso é muito complicado, mas ao memso tempo é relativo.
    Em grandes cidades isso é um problema sim.
    Em cidades menores, se tu agir corretamente com os investigados e presos, eles te respeitarão.
    Logicamente que eventualmente podem ocorrer problemas nesse sentido, mas não presenciei isso ainda.
    Não dá pra ficar pensando só nisso, ou o cara enlouquece... eheheh

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  4. É extremamente frustrante!
    Receio sempre há.
    Deve-se ter uma conduta correta e procurar fazer o trabalho da melhor maneira possível.
    Depois disso, é torcer pro Judiciário não soltar e pro preso entender seu profissionalismo.

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  5. Eu discordo que bandido respeite algum Policial. O que acontece é: ou o bandido ainda não teve a oportunidade de atirar no policial sem ser imediatamente preso ou morto por outros policiais (bandido não é suicída). Ou atirar em um policial vai muito além da capacidade dele como bandido, não tem meios para fugir ou simplesmente não quer atrair mais policiais para o seu ponto de tráfico de drogas, por exemplo. Um traficante de favela só vai atirar em um Policial durante um operação para não ser preso, porque as primeiras opções dele são: fugir e esconder-se. Combater com Policiais é no último caso. Se um policial morre, a Polícia estará em peso no dia seguinte fazendo mais operações; se ninguém morrer, o dia seguinte será mais um lucrativo dia de comércio de drogas. Traficantes têm fuzis, mas os Policiais também têm; além de: melhor treinamento, roupas adequadas e, aqui no Rio, viaturas e helicóptero blindados com Policiais que não fazem cerimônia para atirar. Com toda certeza, para os bandidos, todos os policiais deveriam ser mortos. Eles sonham com as nossas mortes.

    Papa Charlie

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